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Entidades vão preparar plano para acelerar atividade

Entidades vão preparar plano para acelerar atividade

As empresas de navegação poderão levar ao novo governo da presidente Dilma Rousseff um plano para o desenvolvimento da navegação de cabotagem. “A ideia é trabalhar no primeiro trimestre do ano para desenvolver esse plano”, disse Vital Lopes, presidente da Log-In. Segundo ele, está se pensando em promover esse plano via entidades do setor: a Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) e o Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma).

Vital entende que desta vez será preciso desenvolver um estudo “estrutural” da cabotagem, sem repetir temas sobre a competitividade do setor que já são conhecidos e que até hoje não tiveram uma solução, como o valor cobrado pelo “bunker” (o combustível de navegação). Um dos pontos importantes, segundo Vital, é entender como seria possível aumentar a frequência dos navios que prestam serviços de cabotagem nos portos brasileiros.

Em recente apresentação da Log-In para investidores no Estaleiro Ilha S.A (EISA), no Rio, Bernardo Figueiredo, ex-diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), disse que é preciso promover “um choque de oferta” para o mercado acreditar na cabotagem. Figueiredo é membro do conselho de administração da Log-In. Ele afirmou que para promover esse “choque de oferta” é preciso criar condições que garantam sustentabilidade às empresas. Afirmou que a cabotagem no Brasil sempre foi um instrumento para alavancar a construção naval. Disse que o principal instrumento de incentivo à cabotagem é o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).

Ele afirmou que para as empresas de cabotagem conquistarem mercado em mãos do transporte rodoviário é preciso oferecer nível de serviço e competitividade em termos de custos. “O racional é ter o [modal] rodoviário operando na curta distância e a cabotagem na longa distância.” Também presente ao evento no EISA, a consultora Monica Barros, do Instituto de logística e Supply Chain (ILOS), disse que embora venha crescendo, a cabotagem representa apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte. Afirmou que a cabotagem é um modal atraente em momentos de maior dificuldade econômica, quando as empresas priorizam cortes de custos. E disse que a falta de infraestrutura de integração entre os diferentes modais de transporte é o principal problema para quem não usa mais a cabotagem hoje no Brasil.

Fonte: Valor Econômico

 

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