Exportações em alta na indústria automobilística
As exportações foram a salvação da indústria automobilística brasileira em 2016, segundo o balanço final do ano passado divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A entidade também as suas projeções para 2017.
Em 2016, foram exportadas 520,3 mil unidades, alta de 24,7% sobre as 417,3 mil unidades de 2015. Em dezembro, 62,9 mil veículos atravessaram as fronteiras, número 11% maior em relação a novembro, com 56,7 mil unidades, e 36,1% acima ante as 46,2 mil de dezembro de 2015.
Já no cenário doméstico, os resultados não foram positivos. O licenciamento de veículos no ano passado foi de 2,05 milhões de unidades, queda de 20,2% frente às 2,57 milhões de unidades vendidas em 2015. Somente em dezembro – o melhor mês do ano – foram negociadas 204,3 mil veículos, crescimento de 14,7% ante as 178,2 mil unidades de novembro e baixa de 10,3% se comparado com as 227,8 mil de dezembro de 2015.
A produção em 2016 foi de 2,16 milhões de unidades – inferior em 11,2% na comparação com as 2,43 milhões de unidades do ano anterior. No último mês do ano, as 200,9 mil unidades fabricadas indicam diminuição de 7,1% contra as 216,3 mil de novembro e de expansão de 40,6% em relação às 142,8 mil do mesmo mês de 2015.
Otimismo para 2017
A Anfavea prevê um aumento de 7,2% das exportações em 2017, totalizando 558 mil unidades enviadas para outros países. A estima é de aumento de 4,0% no licenciamento de veículos no ano, com a venda de 2,13 milhões de unidades. A previsão de produção é de 2,41 milhões de unidades, 11,9% acima do registrado em 2016.
“A conjuntura macroeconômica indica fatos positivos, como aumento do PIB, inflação convergindo para o centro da meta, reduções contínuas da taxa básica de juros e estabilização do dólar. Além disso, a PEC do teto dos gastos já está aprovada, algumas medidas econômicas foram anunciadas, vivenciamos estabilização do ritmo de vendas e teremos uma base baixa de comparação. Ao juntar todos estes fatores, acreditamos em uma reação sequencial, que passa pela retomada da confiança tanto do consumidor quanto do investidor, reaquecimento do consumo e abertura gradual da concessão de crédito”, analisa Antonio Megale, presidente da Anfavea.